EDUCAÇÃO FINANCEIRA - Cálculo do CDI: tudo o que você precisa saber

17 de maio de 2022
E Investidor - Estadão

Quem faz algum investimento em renda fixa já deve ter se deparado com a sigla de Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Basicamente, o CDI é a taxa ou remuneração paga ao investidor por emprestar dinheiro ao banco para que a instituição financeira possa usar o recurso.

Aplicações como Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Agrícola (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Fundos DI de curto prazo usam o CDI como índice para remunerar os investidores.

Qualquer variação do CDI impacta diretamente investimentos desses tipos, especialmente se a taxa estiver em queda. Mas como é feito o cálculo do CDI? Conversamos com um especialista que explicou tudo sobre o assunto.

Como funciona o CDI?

O CDI leva esse nome por considerar as transações realizadas entre as instituições financeiras em um curto prazo. “Por legislação, os bancos precisam fechar todos os dias com saldo positivo por segurança do sistema financeiro nacional. Para isso, eles fazem um empréstimo entre eles utilizando a taxa DI como referência”, explica João Furtado, economista, assessor de investimentos e mestrando em Economia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Apenas os bancos privados podem se valer do CDI e geralmente usam a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para dar uma estimativa de seu percentual.

Os títulos de CDI podem ser disponibilizados aos investidores de duas formas: com taxas pré e pós-fixadas e nos formatos diário, mensal (média dos últimos 30 dias) e anual (considerando a variação dos últimos 12 meses).

Qual é a diferença entre CDI e CDB?

O CDI pode ser considerado uma taxa de juros; já o CDB é um tipo de investimento em renda fixa em que uma das formas de rentabilidade é baseada na variação do CDI. Mas também pode ser pré-fixada ou até mesmo atrelada à inflação.

Como é feito o cálculo do CDI?

O cálculo do CDI considera três situações: o CDI diário, o mensal e o anual. Cada um é calculado de uma forma específica. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O cálculo do CDI anual considera um método usado pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP). É a somatória da média registrada nos últimos 12 meses.

O cálculo do CDI diário pode ser consultado em um site criado pela CETIP, com registros históricos do índice. Basta informar a data e clicar em “Pesquisar”.

E como a taxa influencia os investimentos? “Costumamos escutar ‘100% do CDI’. Isso é equivalente à taxa do dia”, detalha Furtado. Com o CDI a 12,65%, um investimento que considera 100% do CDI vai render exatamente esse percentual, mas se o título for de 120% do CDI, o rendimento será de 15,18% bruto, como exemplifica o especialista.

Conforme o Banco Central do Brasil (Bacen) muda a taxa de juros, o CDI sofre alterações. Essas mudanças ocorrem porque o objetivo do Bacen é controlar a inflação usando a taxa de juros.

O mesmo ocorre ao contrário: a taxa de juros é reduzida para incentivar a economia; assim, o cálculo do CDI também é atualizado.

Como fazer o investimento render mais?

O investidor precisa buscar outras opções de investimento para conseguir fazer a diversificação de carteira, sendo uma opção interessante para quem tem medo de arriscar. Um caminho é apostar em investimentos de médio e longo prazos.

O que rende mais: CDI ou poupança?

O CDI costuma render mais que a poupança. Geralmente, a poupança rende 70% da Selic, mas, pela nova regra, pode render no máximo 0,05% ao mês. “Como a taxa de juros está alta, um título básico que rende 100% do CDI rende uma quantia considerável acima da poupança”, afirma João Furtado.

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